domingo, 25 de março de 2012


 Viagem ao espaço sideral

Lucas estava de férias e foi para fazenda de sua avó. O dia estava lindo e ele resolveu brincar no pomar. Quando cansou, Lucas se deitou embaixo da laranjeira, ficou olhando para as laranjas se imaginou no espaço sideral.

Ele estava numa nave e passeava por todos os planetas fabulosos e diferentes que existem lá. Alem disso, viu a lua, os asteroides, os planetas anões e os cometas. Passou um sufoco quando se aproximou do sol, mas um astronauta estava lá para lhe ajudar. As constelações se transformaram em figuras verdadeiras e começaram a brincar com ele.

Tudo estava perfeito, quando de repente Lucas ouve um chamado e cai na realidade. Era sua avó lhe chamando para almoçar. Ele contou suas aventuras para a avó, ela sorriu e lhe disse: - Lucas, você com fome tem muita imaginação.

 Outro presente para senhora

Situação inicial: O filho esta dando chocolate para mãe nos dia das mães.

Complicador: A mãe não pode comer chocolate pois o médico disse.

Ação dos personagens: O filho insiste e a mãe não se convence.

Clímax: Mãe e filho discutem.

Desfecho: A mãe manda o filho sumir com o chocolate e diz que não é mais sua mãe.



 Aquele Casal

Situação inicial: O marido conta para o amigo sobre a mudança da esposa e sua desconfiança.

Complicador: A esposa traz do oftalmologista uma rosa.

Ação dos personagens: O marido briga com a esposa, a esposa chora e o amigo tenta acalmar o marido.

Clímax: O marido vai contratar um detetive para ter a prova e depois se desquitar da esposa.

Desfecho: O marido e o amigo mudam de assunto e o amigo lembra que o marido tem 82 anos e a esposa 79.



 As pérolas

Situação inicial: Renata encontra uma perola dentro do pacote de açúcar.

Complicador: Renata passou a usar muito açúcar nos seus doces, para achar mais perolas e deixou de ser doceira qualificada.

Ação dos personagens: Renata passou a fazer arroz-doce.

Clímax: Uma cliente achou uma perola no arroz-doce.

Desfecho: A cliente passou a encomendar arroz-doce toda semana para achar outras perolas.

terça-feira, 20 de março de 2012

Obras de Carlos Drummond de Andrade


Pescadores

De Carlos Drummond de Andrade



Hoje é domingo

Pede cachimbo

Cachimbo é de ouro

Bate no touro

Touro e valente

Bate na gente

A gente é fraco

Muda o programa

Quatro amigos

Em vez de ir à praia

Então decidiram pescar

De caniço e até sanduiche

Foram pescar em uma praia deserta

Não pescaram nada não

Então veio uma Kombi

Queriam filmar eles pescando

Para um programa

Mas perguntaram qual era o programa

E o cara falou que era super legal

Os amigos queriam aparecer

Mas não pescaram nada

Então o cara da Kombi tinha um peixe

Fingiram que pescaram

Quinta - feira passaram o programa

Mas eles foram enganados

Pois o programa falou que eles estavam

Pescando em dia de trabalho.





As pérolas



Renata era doceira

O açúcar a presenteou

Uma pérola ela encontrou

E muito feliz ficou



Desejava um colar de pérolas

E muito açúcar ele comprou

Seus doces perderam qualidade

E fazedora de arroz - doce se tornou



Ao comer o arroz – doce

Certa menina quase o dente quebrou

Era uma linda pérola

E Renata sem ela ficou



A mãe da menina quis

Ser freguesa de Renata

Para pérolas encontrar

E um colar montar





Caso de Canário



Casou-se a pouco tempo

E já tinha uma missão

Ajudar a família da mulher

A resolver um problemão.



O canário estava mal

E não tinha jeito não

Era preciso sacrificar

Para o pobre descansar.



O genro não queria

Mas não teve jeito não

Pegou o canário na mão

E colocou éter no algodão.



O canário desmaiou

E com dois dedos

O rapaz seu pescoço virou

Saiu para rua e mal ficou.



A cozinheira, o cadáver pegou

E no lixo jogou

Pois não tinha onde sepultar

E foi fazer o jantar.



A hora do jantar chegou

E a família não lanchou

A casa em luto ficou

O sacrificador pra casa não voltou.



No dia seguinte, a cozinheira

Na lata de lixo mexera

Levou uma bicada voraz

Era o canário que ressuscitara.



O éter não lhe fez mal

Acordou o animal

O estrangulador se recuperou

E toda família feliz ficou.

domingo, 18 de março de 2012


19  Março de 2012

Thiago Henriques Nogueira



Biografia de Carlos Drummond de Andrade



1)    Dados Biográficos

a)    Nome: Carlos Drummond de Andrade

b)    Data de Nascimento: 31  Outubro de 2012

c)    Natural: Itabira do Mato Dentro – MG

2)    Percurso do Poeta: Itabira fatos marcantes

a)    Fazenda do Pontal e Uma casa na cidade de Itabira

b)    Poema: Confidência do Itabirano.



Confidência do Itabirano

Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e
comunicação.

A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem
horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.

De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil,
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...

Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!





Belo Horizonte – MG



a)    Mudar outra vez para Belo horizonte, a fim de ser redator chefe do “Diário de Minas”. Em 1972, ele e Dolores perdem o filho recém-nascido.

b)    Em 1928 passou a trabalhar como auxiliar de redação na revista do ensino, da Secretaria de Educação de Minas Gerais, e a partir daí ocupou vários cargos no governo.

c)    A Praça da Estação de Belo Horizonte
Carlos Drummond de Andrade
Duas vezes a conheci: antes e depois das rosas.
Era a mesma praça, com a mesma dignidade,
O mesmo recado para os forasteiros: esta cidade é uma
promessa de conhecimento, talvez de amor.
A segunda Estação, inaugurada por Epitácio,
O monumento de Starace, encomendado por Antônio Carlos
São feios? São belos?
São linhas de um rosto, marcas da vida.
A praça da entrada de Belo Horizonte,
Mesmo esquecida, mesmo abandonada pelos poderes públicos,
Conta pra gente uma história pioneira.
De homens antigos criando realidades novas.
É uma praça – forma de permanência no tempo.
E merece respeito.
Agora querem levar para lá o metrô de superfície.
Querem mascarar a memória urbana, alma da cidade
Num de seus pontos sensíveis e visíveis.
Esvoaça crocitante sobre a Praça da Estação
O Metrobel decibel a granel sem quartel
Planejadores oficiais insistem em fazer de Belo Horizonte
Linda, linda, linda de embalar saudade
Mais uma triste anticidade





Rio de Janeiro – RJ



a)    Em 1934, muda com a família para o Rio de Janeiro – RJ e passa a trabalhar com Gustavo Capanema, Ministro da Educação e Saúde Publica. Mais tarde, trabalhou no “Diário da Manhã” e no “Jornal do Brasil”. Em 1972, a editora Jose Olimpio custeia o livro “Poemas” que foi seguido por muitas outras obras e prêmios literários.

b)    Ele faleceu em 17 de Agosto de 1987 com problemas cardíacos. Foi homenageado pela Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira (RJ) com o samba enredo “O Reino das Palavras”.

c)    Quadrilha, Cota Zero, Cidadezinha Qualquer, No Meio do Caminho, Caro Enigma, Lição de Coisas, Corpo e outras.